Uma pesquisa realizada pela Kaspersky Lab, empresa especializada em sistemas de segurança, revela que o setor financeiro brasileiro foi o que mais sofreu ataques de ocorrências maliciosas (trojans) no mundo em 2014. De acordo com o relatório da desenvolvedora de origem russa, os bancos e instituições financeiras do país contabilizaram cerca de 300 mil ataques a clientes, volume este maior que o registrado pela Rússia e pela Alemanha, países que surgem logo após o Brasil como maiores vítimas de trojans.

Ainda segundo a Kaspersky, as formas mais comuns de disseminação de malwares em computadores – dispositivo mais atacado com 38% do total – são por meio de softwares, como Java (Oracle) e Reader (Adobe). Já as formas de infecção mais populares são por meio de arquivos anexos ou links em e-mails com conteúdo falso.

Coincidentemente, o Brasil também é apontado como país de origem de dois dos três mais proliferados no planeta, o ChePro e o Lehmys. Ambos ficam atrás apenas do devastador ZeuS. O levantamento também detectou roubos de carteiras da moeda virtual Bitcoin, que foi o segundo tipo de ataque mais percebido, com 14% do total de ocorrências. Outra vítima de destaque dos trojans foram os dispositivos móveis equipados com sistema operacional Android. Eles anotaram nada menos que 12 mil ataques, volume nove vezes maior que o registrado em 2013. A Kaspersky afirma que 20% dos usuários de Android notaram pelo menos uma ameaça em seu aparelho neste ano.